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Inflação alta leva franceses a buscarem preços baixos em lojas de ponta de estoque

Inflação alta leva franceses a buscarem preços baixos em lojas de ponta de estoque

Released Thursday, 25th August 2022
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A alta da inflação preocupa os consumidores mundo afora e a França não foge à regra. O índice chegou a um recorde de 6,1% em julho, no acumulado do ano, e leva os franceses a quebrarem o tabu das lojas de pontas de estoque, que registram aumento da frequentação em todo o país.Os preços nas prateleiras não param de subir e o valor dos produtos de base assustam não só os clientes de baixa renda, mais atingidos pelo contexto econômico, como também a classe média. Nos supermercados, agora é comum ter de pagar € 4 (R$ 20) por um quilo de tomates.

Na cidade de Lisieux, na Normandia, o mercado de pontas de estoques O’Destock abriu as portas no começo do ano e tem atraído clientes que não conseguiam mais adquirir certos produtos.

“Aqui eu posso pegar coisas que eu não poderia necessariamente comprar no supermercado. São pequenos prazeres que nós todos precisamos. A situação está cada vez mais difícil”, disse uma cliente à repórter da RFI Arianne Gaffuri, que visitou o local. “A gente trabalha, a gente tem um salário, mas está se privando de ir em restaurante, de tirar férias fora. Então aqui eu encontro pequenos prazeres.”

Nesta loja, encontram-se principalmente alimentos e artigos para a casa. As ofertas mudam todos os dias, conforme a chegada, e em geral saem pela metade do preço do supermercado.

“O preço da água está bem interessante. Estou comprando as minhas bebidas todas aqui. As bolachas também. Não tínhamos uma loja assim aqui e fazia falta”, comentou outra cliente.Produtos menos apresentáveis“Estamos sempre de olho e podemos chegar a preços muito bons em um determinado tipo de produto que talvez nunca mais apareça de novo. Hoje, por exemplo, temos essa promoção de pão de milho, que encontramos num estoque”, explicou o gerente do estabelecimento, Vincent Dudonné. “No dia a dia, isso significa que contatamos os atacados, os fornecedores e até as empresas de transportes que acabam acumulando produtos que, por uma razão ou por outra, não foram entregues onde deveriam.”

Ou seja, são produtos que tiveram algum tipo de problema. Alguns são considerados invendáveis dos supermercados comuns.

“O problema pode ser um erro no pedido da loja, que pediu, por exemplo, dois lotes de um produto e foram entregues três. Se a loja recusa essa parte a mais da entrega, ela pode parar aqui”, afirma Dudonné. “Também temos lotes que sofreram um acidente no transporte e os produtos ficaram num estado insatisfatório para os supermercados. É o caso destes copinhos para sorvete, que estão um pouco danificados. Quando acontece isso, em geral os supermercados recusam todo o lote”, aponta.

O gerente sublinha que o local trabalha com o mínimo de funcionários possível, para evitar gastos com mão de obra e poder garantir o menor preço dos produtos. Por isso, nem sempre as mercadorias estarão colocados nas prateleiras – podem ficar dentro das caixas mesmo e os clientes pegarem diretamente, relata a caixa Natalie, a única empregada do O’Destock.

“Quando não tem ninguém no caixa, eu vou para as prateleiras ajudar a arrumar, a colocar os preços e a destacar alguns produtos”, conta.Material escolar em altaNa internet, afloram influencers que fazem sucesso dando dicas de como e onde comprar mais barato no país. O canal “Mes Secrets de Nana”, por exemplo, já tem mais de 319 mil assinantes, em busca de conselhos sobre onde estão as melhores promoções do momento.

Neste período do ano, a preocupação das famílias francesas é com a volta às aulas, em setembro. Os preços do material escolar estão 4,25% mais altos do que no ano passado.

Uma pesquisa do CSA Research encomendada pelo organismo de crédito Cofidis apontou que 68% dos pais estão em busca de produtos mais em conta para os filhos e encontram alternativas em “atacadões”.

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