No artigo de 2020 intitulado Torture, Play, and the Black Experience, Aaron Trammell faz uma potente argumentação contra as teorias do jogar que tratam essa atividade como algo inerentemente bom e divertido e que, quando transgredido, se torna um jogar corrompido. Para Trammell, é necessário que se aceite também o lado mais nefasto e hediondo do jogar, pois essa nova interpretação permite um entendimento que as teorias eurocêntricas e brancas escondem: como é a experiência de pessoas não brancas com os jogos, ainda mais quando se considera nossa história colonial e de escravidão.Afirma Trammell (2020) que "ao definir o jogar apenas por meio de suas conotações prazerosas, o termo possui um viés epistêmico em relação às pessoas com acesso às condições de lazer. Na verdade, a tortura ajuda a pintar um quadro mais completo, onde os potenciais mais hediondos do jogo são abordados juntamente com os mais agradáveis, mas, ao fazê-lo, o trauma da escravidão é lembrado. Ao repensar essa fenomenologia, pretendo detalhar as formas mais insidiosas em que o brincar funciona como uma ferramenta de subjugação".Siga o Holodeck no Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e entre em nosso grupo de Discord do Regras do Jogo.Nossos episódios são gravados ao vivo em nosso canal na Twitch, faça parte também da conversa.Ouça nosso último episódio: Regras do Jogo #127 – A cidade-jogo em videogames.Participantes
Fernando HenriqueGamer Antifascista
Referência:TRAMMELL, Aaron. Torture, Play, and the Black Experience. G| A| M| E Games as Art, Media, Entertainment, v. 1, n. 9, 2020.Indicações do Episódio
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Músicas:
Persona 5 – Beneath The Mask lofi chill remixHOME – Hold
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