AUDIODESCRIÇÃO: A Aldeia Marakanã, de 14.300m², localizada na Rua Mata Machado, nº 126, no bairro do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, ao lado do complexo esportivo do Maracanã, é um exemplo de resistência dos povos indígenas em contexto urbano, ocupando há dezesseis anos um espaço sagrado para preservação da cultura indígena. O trabalho do aluno Gustavo Lennon da Silva, intitulado: ALDEIA MARACANÃ, A CONSTRUÇÃO DE UMA ALDEIA INDÍGENA URBANA, para a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é uma proposta arquitetônica de reabilitação, de reaproveitamento de uma estrutura existente, no antigo Museu do Índio. O projeto objetiva propor melhorias para a aldeia, ajudando na preservação e valorização da cultura dos povos originários. No local vivem diferentes etnias indígenas uma comunidade carente e vulnerável.
A Aldeia Marakanã alojada em um terreno plano e arborizado, conta hoje com sete construções, tipos de barracos improvisados feitos de materiais recicláveis, onde residem cinco famílias. No meio dessas construções, destaca-se um casarão de estilo eclético, construído na segunda metade do século XIX, com duas torres diferentes e fachada assimétrica. É nesse casarão de dois pavimentos, com três entradas, que funciona o Museu do Índio. No entorno da aldeia, estão a Quinta da Boa Vista, o Campus Francisco Negrão de Lima da UERJ e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. A proposta visa criar espaços de lazer, cultura, esporte gerando manutenção e subsistência para a própria comunidade indígena.
Para a nova estrutura, foi planejada a reforma do casarão, a construção do pátio com cobertura circular, espaço que abriga atividades de lazer e rituais; uma assembleia, espaço coberto grande para fóruns, palestras, cursos e reuniões; um depósito de materiais e oficina; uma cozinha como espaço de socialização e encontro; uma horta; banheiros; dormitório para visitantes; ocas para os moradores; praça para crianças com brinquedos feitos de pneu e outros materiais; e uma fonte de pedras. Para a construção, foram selecionados materiais de baixo custo; para os pisos: cimento queimado, terra batida, caminhos de brita; para os revestimentos: madeira e bambu e para a cobertura, telhas e ecológicas.
As fotografias, desenhos, plantas baixas e em perspectiva do projeto mostram os diferentes ambientes e as possíveis atividades a serem desenvolvidas em cada um deles, os materiais a serem empregados e as pessoas transitando por este espaço que tanto pode contribuir para o conforto e preservação da cultura indígena.
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Audiodescrição: Ver com Palavras
Elaboração de roteiro: Lívia Motta, Andréia Paiva e César Tunas
Narração: Andréia Paiva e César Tunas
Edição e finalização: PH Soluções Audiovisuais
Consultoria: Cristiana Cerchiari
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