Vicenta, Rafa e Antonia contam como surgiu a ideia de preparar uma produção editorial que desse forma aos anseios sociais e criativos do ateliê TRANSmoras e também sobre como funciona o processo coletivo de produção do jornal.
Vicenta Perrotta faz parte do Ateliê TRANSmoras, em Campinas, um espaço dedicado à potência da travestilidade no Brasil. Seu trabalho de arte e moda constrói processos para naturalizar essas corpas na sociedade e quebrar a invisibilização. A essência de sua criação está na ressignificação de peças e tecidos antigos ou descartados, usando as estéticas construídas com essas corpas como ferramenta de transformação.
Rafa Kennedy acredita na força que as memórias possuem, utiliza a fotografia como uma ferramenta chave de mudanças e enfrentamento à questão de violência estrutural. Desnaturaliza a não-presença de travestis, expondo belezas descamadas de hegemonias, buscando inserir suas estéticas no contexto contemporâneo das artes. Fomenta, assim, um movimento artístico que se volta à naturalização e valorização de vidas brasileiras não-normativas, fazendo da fotografia também um lugar de compreensão, aproximação e reconhecimento, correlacionando a estética e ética em uma ruptura das moralidades enraizadas no Brasil.
Antonia Moreira é formada em Publicidade e Propaganda pela PUC-Campinas. Em 2018 foi bolsista do programa de inovação do Governo de Minas Gerais em BH. De volta à Campinas, atuou junto ao Ateliê TRANSmoras na estruturação e aperfeiçoamento de projetos da comunidade trans. É embaixadora da TODXS, associação voltada à formação de lideranças LGBT. Em 2019 foi expositora da feira de folheteria do Centro Cultural São Paulo com o Jornal “Travesti VIVA! 1ª edição”. Também foi assessora de imprensa em festivais online da coletividade MARSHA!
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