Termina nesta quarta-feira (27) o prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal) para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste esclarecimentos sobre um período de dois dias que ele passou na embaixada da Hungria, em fevereiro.O caso foi revelado pelo jornal The New York Times e será objeto de investigação da Polícia Federal. A corporação tem Bolsonaro como alvo em diferentes apurações, incluindo uma que mira um plano golpista para mantê-lo no poder —foi no âmbito dela que uma operação, dias antes da estadia do ex-presidente na missão húngara, apreendeu o passaporte dele.Segundo investigadores, é cedo para dizer que a estadia representaria uma tentativa de fuga, e há divergências na análise jurídica quanto a uma eventual possibilidade de prisão do ex-presidente por causa do fato. Com a repercussão, o Itamaraty convocou o embaixador da Hungria, um gesto que na diplomacia demonstra contrariedade. A defesa de Bolsonaro confirmou que ele se hospedou no local, mas disse que a visita foi para manter contato com autoridades de um país amigo; o caso volta a destacar uma rede global de políticos da ultradireita, da qual fazem parte Bolsonaro e o premiê Viktor Orbán.No Café da Manhã desta quarta (27), a repórter da Folha em Brasília Marianna Holanda explica as repercussões da estadia do ex-presidente na embaixada húngara. Na segunda parte do episódio, Ana Luiza Albuquerque, também repórter do jornal e apresentadora do podcast Autoritários, analisa como a Hungria virou um laboratório da ultradireita e as conexões entre o bolsonarismo e essa rede global. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
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