Na reunião realizada no dia 18 de junho de 2020, o historiador e pesquisador Francisco Carlos Teixeira da Silva (UFRJ), falou aos convidados da Cátedra Celso Furtado sobre o modo como se configurou a instância militar no Brasil desde a Nova República, abordando aspectos históricos, ideológicos e de formação cultural e subjetiva de seus membros, a partir de uma perspectiva, não apenas de pesquisa, mas também de sua vivência junto a este setor da sociedade.
Sua investigação sobre a atuação dos militares na política do país parte de 5 hipóteses primordiais:
1) A influência do caráter da transição pactuada entre militarismo e democracia e do peculiar processo de restauração.
2) A permanência de um núcleo duro antidemocrático no âmbito das forças armadas.
3) A existência de um núcleo duro alijado do poder, mas não das forças armadas que articula a manutenção e a difusão da cultura militar ou “habitus”
4) O peso de um sistema militar de ensino que se manteve autônomo durante a nova república e sua influência na edificação de uma cultura militar.
5) O encontro do núcleo duro militar com um movimento de massas de caráter fascista pré-existente na sociedade brasileira que se configurou como um encontro histórico fundamental entre a organização e a emergência de um grupo fascista que passa a ter expressão a partir de 2013.
Teixeira também aponta as semelhanças entre a Nova República Brasileira e a República Federal Alemã. Para ele, há confluências no sentido da percepção de que há um passado não quer passar, já que não foi vivido em sua integralidade. Confira os principais momentos dessa exposição:
1. Apresentação e contexto da investigação
2. Os militares e o neoliberalismo 00:28:05
3. Os militares a geopolítica
4. O papel das polícias militares
5. Sobre a comissão da verdade
6. Os militares no contexto da nova república
7. Anistia e lei da memória histórica
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