“Bertram" é o terceiro capítulo de Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo (1831-1852). Esse personagem é uma persona de Don Juan, na literatura brasileira e nas Notas de Rodapé de hoje, você vai compreender o porquê. Ele tem uma “sina amaldiçoada” e tudo que nos conta, na sua vez de bradar a história mais horripilante entre os amigos, magoa ou destrói a vida de alguém. Sua história passa por assassinato, infanticídio, adultério, naufrágio e a assustadora antropofagia. Muitas mulheres percorrem sua vida em cada um desses acontecimentos, mas tudo começa com uma. Bertram afirma: “uma mulher levou-me à perdição”. Essa mulher é Ângela, uma espanhola que, apesar do nome angelical, revela-se uma assassina e um estereótipo de Don Juan, mais viril que o próprio Bertram. O narrador ainda estraga a vida de uma donzela de 18 anos; e da mulher de um comandante que o acolheu, após salvarem-lhe do suicídio. As cenas são narradas repletas de digressões de Bertram para conversar com a taberneira e pedir mais vinho. A digressão também aparece quando um velho entra na taverna e interrompe a narrativa, filosofa e, ao final, quer beber vinho em uma caveira. Ele lembra Satan, da obra precedente, Macário. Uma narrativa byroniana do começo ao fim! Boa leitura!
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