“O Suave Milagre” (1898) é um conto de Natal de Eça de Queirós (1845-1900), que parece ter saído das Sagradas Escrituras. É uma comovente narrativa que leva os olhos para a humildade, a pobreza e a pureza dos marginalizados. Foi publicado originalmente em 1898 na Revista Moderna. Nesse e noutros contos da terceira fase do autor, considera-se que Eça tenha alcançado seu apogeu de estilista, em detrimento da estrutura narrativa. A terceira palavra do conto é “Jesus”, retomado inúmeras vezes na história como "Rabi", que, por sua vez, é o chefe religioso de uma comunidade judaica; ou grande estudioso ou mestre da religião judaica. A etimologia da palavra é o latim: “rabbi" é mestre, doutor, do hebraico rabbi, meu mestre. Logo, espalha-se notícias de todos os seus milagres: cura da lepra, exorcismo de demônios, multiplicação de pães e até, a ressurreição. O texto traz notícias de homens poderosos e ricos que empenham todo o seu exército para encontrar o novo profeta, com o intuito de lhe resolver seus problemas com a sua potência, em troca de riquezas. Toda a Galileia é percorrida em vão. Em paradoxo, o texto apresenta os pobres, em especial uma viúva com seu filho doente e faminto. E assim, Eça de Queirós constrói uma paródia, que desfecha, ao que tudo indica, na véspera de Natal. Boa leitura!
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