MINUTO LEITURA: A Montanha Mágica
No topo de uma montanha nos alpes suíços está localizado um sanatório que trata e cuida, de maneira inovadora, de pessoas doentes de tuberculose. E é para lá que parte o jovem Hans Castorp, que desde muito novo tem a saúde um pouco mais frágil. O motivo de sua visita ao sanatório é descansar para se recuperar de uma anemia antes que possa iniciar o trabalho como engenheiro naval na Alemanha. A família o envia para lá, a fim de que se encontre com um primo que é militar e está se tratando da tuberculose. Esta é a introdução de “A Montanha Mágica”, do alemão Thomas Mann.
O livro, publicado em 1924, não é uma leitura simples. São mais de 800 páginas de assuntos densos e uma quantidade enorme de temas abordados pelos personagens. Mas tudo é narrado de maneira impactante por Thomas Mann, que em 1929 foi vencedor do prêmio Nobel de literatura. E por todas as páginas da obra, o autor percorre esses assuntos de maneira detalhada, demonstrando seu profundo conhecimento sobre medicina, biologia, literatura e artes, além nos apresentar reflexões importantes a respeito da sociedade e da política.
Com um domínio fantástico sobre as palavras, Thomas Mann é criterioso na escolha de cada uma das que nos apresenta em todas as longas descrições que faz. E aqui é importante avisar que o livro é completamente tomado por descrições detalhadas sobre a vida na montanha, os hábitos peculiares de cada personagem, o clima e o ambiente em que vivem. Tudo isso faz sermos transportados para o dia a dia dos que vivem “lá em cima”, nos fazendo esquecer do tempo e da vida dos que estão “lá embaixo”. Escalar essa montanha é uma tarefa árdua, mas chegar ao seu topo compreendemos porque ela é mágica.
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