MINUTO LEITURA: O Alforje
De forma mais racional a se pensar, um presságio pode ser encarado como uma análise de sinais ou pela leitura de indícios que se apresentaram em tempo oportuno. Mas se considerarmos as forças invisíveis que regem e sustentam o misticismo e a fé, um presságio pode ser compreendido como uma premonição, profecia ou mesmo por uma forte intuição. E uma vez que esse augúrio toca o coração de uma pessoa, ali se instala uma inquietude que chega até as profundezas da alma. Um sentimento que cresce no peito e clama por mudança, para a evolução. E é disso que se trata o livro “O Alforje”, da escritora iraniana Bahiyyih Nakhjavani e publicado ano 2000.
A autora trabalhou como professora, mas atualmente dedica sua carreira profissional na escrita de ensaios e romances. Por todo o livro, podemos perceber a inspiração calcada na cultura do Oriente Médio, com sua história e personagens célebres, o que revela o engajamento com as questões de sua terra natal. Em especial, o Alforje é carregado de uma filosofia religiosa que vai se abrindo aos poucos, com prenúncios auspiciosos à respeito da vida e os sinais que ela nos dá sobre como seguir os caminhos futuros. A escrita é leve, direta e vai gradualmente crescendo em ritmo e discurso até um ápice.
O que a literatura de Nakhjavani nos demonstra, também, é a força em não aceitar sem questionar, para que se possa ascender em conhecimento, evoluir em defesa da igualdade racial e a harmonia espiritual entre toda humanidade. Em “O Alforje”, a história se abre ao mesmo tempo em que desnuda a vida e os pensamentos de cada um dos personagens, mostrando suas qualidades e defeitos. Com a filosofia servindo como guia para cada desfecho durante a narração, há muito o que se aprender com as palavras contidas ali. Uma leitura rápida, reflexiva e arrebatadora!
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