Ao falar de Carnaval pensamos em desfiles, festas e samba.
Pouco refletimos sobre a conexão com o Sagrado, mas não se enganem! O Sagrado sempre esteve presente.
A origem do Ilú Obá de Min como mencionado, nos episódios anteriores, pelas mestras Beth Beli e Girlei Miranda tem muita relação com o samba, ancestralidade e momento histórico-cultural da cidade de São Paulo.
A princípio pode parecer confuso relacionar o samba com o Candomblé, se pensarmos longe de um contexto etnico-cultural.
A palavra macumba vem do banto e nomeia um instrumento de percussão muito conhecido dentro dos terreiros.
O atabaque.
Dentro do terreiro ele e outros instrumentos são tocados acompanhados por cânticos, rezas e danças.
É a festividade aos orixás.
Festividade que se expande até chegar às ruas.
Por exemplo: É dos terreiros da Bahia que surgem o samba de roda e o afoxé. É dos terreiros de Recife que surge o maracatu.
Enquanto que nos terreiros as rodas compõem o xirê, nas ruas elas começam a dar corpo às rodas de samba.
É a mais pura representação da africanidade!
Em São Paulo o samba tem sua ascensão no Largo da Banana, na Barra Funda, e também nos bairros do Bixiga e do Glicério, berço da tradicional e pioneira escola de samba Lavapés.
O Ilú Obá de Min é um manifesto vivo materializado por suas integrantes. O cortejo, que abre o Carnaval de rua da cidade de São Paulo, não é somente uma atração aos olhos do público, é também um manifesto de luta que engloba resistência política, cultura e tradição ancestral afro-brasileira.
Tem como madrinha uma das maiores intérpretes e cantoras do samba nacional, Leci Brandão.
E muitas das integrantes possuem uma longa jornada no mundo do samba antes, durante e depois de suas passagens pelo Ilú.
A frente da bateria do Ilú Obá de Min vem o naipe do agogô. Instrumento de herança dos ashantis, e é ele que por muitas vezes inicia a saudação aos orixás e também marca o ritmo.
Com o lema “nosso afeto é potência”, tem como uma de suas coordenadoras Cris Blue, que contará um pouco de suas vivências no samba e no Ilú.
Cris é samba, é história e assim como muitas que nos escutam, é Ilú Obá de Min!
Negras Vozes é um podcast do Ilú Obá De Min.
Direção e edição: Bia Carmo
Produção: Açucena Rosa
Roteiro: Hebe Valle e Micha Nunes
Este episódio contou com as vozes de:
Introdução: Priscila Estevão (agogô)
Enredo: Cris Blue
O que aprendemos umas com as outras: Lenita Sena (agogô)
E áudio de #SambaImenso: Florence canta João Nogueira - canal Sesc Pompéia
Acompanhe o Ilú Obá De Min nas redes:
Instagram: @iluoba
Youtube: youtube.com/c/iluobademin
Facebook: facebook.com/iluobademin
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