Já os ônibus de minha meninice eram bem diferentes. Cada um era único e tinha características que nos permitiam identificá-lo a distância. Tanto que nos dávamos o direito de pacientemente aguardar não um, mas o ônibus, aquele com o qual, por circunstâncias várias, tínhamos construído laços de afeição e carinho. E não estou falando do motorista, que, por sua empatia, também ajudava a despertar essa preferência, mas do veículo mesmo! Verdadeiramente os ônibus de minha meninice tinham alma, caráter, personalidade. Tinham nome! Nome próprio em letras coloridas desenhadas nas laterais. E eram tratados como entes queridos.
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