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Ep. 39 - Vou cuidar de mim, até sossegar a saudade…

Ep. 39 - Vou cuidar de mim, até sossegar a saudade…

Released Wednesday, 28th February 2024
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Vou cuidar de mim, até sossegar a saudade… Já vou cuidar dessas coisas... Mas, antes, vou cuidar dos meus desassossegos. Honrar as mensagens dos meus silêncios, aquietar os pensamentos ligeiros, acolher as dores que ensinam. Cansei de correr por aí sem rumo, sem perceber por onde os meus pés caminham. Quero a terra úmida, a brisa dançante, o Sol a abrasar-me a pele e a essência nua. As estribeiras são minhas; perco-as acaso eu queira. Dou à vida um outro ritmo, numa dança de formas suaves e imagens secretas da minha alma toda e inteira. E os véus se erguem entre os medos que se calaram.⠀Vou me curar para transcender a enfermidade do ego e desse mundo que nos quer sempre ansiosos. Não me apressem os passos. Quero escutar a melodia da minha respiração, para sentir o Mistério respirar comigo. Desvendar nas minhas galerias ocultas a eterna verdade, a beleza e a bondade. Com pena caída das minhas asas, escrevo uma nova história, inspirada pelos sussurros dessa voz silenciosa que me aguça o atrevimento da liberdade. Na amplidão dos meus sonhos, pouso o meu coração onde ele quiser. Voa comigo, para onde a vontade da vida soprar.⠀As lágrimas vão cair de saudade, em mananciais de renascimento. Ofereço minhas pétalas ao tempo e aprendemos sobre as flores da eternidade. Meus movimentos ensaiados naquele quarto escuro, onde um dia eu fui refém. Com minhas mãos frias, escrevi passagens só de ida, sem saber se voltaria. Foi quando se abriu para dentro a porta, e avistei os horizontes infinitos que me esperavam. Giro agora em outras órbitas, com serenidade ascendente. As partes de mim que escondia, cá estão, no meu espelho a ti reveladas.⠀Fragrâncias vibrantes preenchem as moradas do meu peito esvaziado. A calma que impera, destronando o medo nas noites selvagens. Minhas mãos dançam em límpida atmosfera, desenhando à minha volta as folhagens. Na paz reconquistada, a aurora do Ser me toca com graça. Repousada na mansidão de pertencer-me, enraizei-me neste Amor puro e profundo. Cuido de mim com devoção de natureza deleitosa e divina. Ah, as glórias que brotam dessa coragem silenciosa e eloquente. De me amar assim devagar, e tão plenamente.Texto por @‌xamanismoseteraios

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