No episódio de hoje, conversamos com Marina Hirota, matemática e especialista em estudos climáticos. Ela nos conta como foi sua trajetória da matemática para o estudo do clima e como ela usa modelos matemáticos para entender as relações entre os diferentes biomas mundiais e brasileiros.

Marina também traz analogias que podem nos ajudar a ter um melhor entendimento sobre o clima e as mudanças climáticas e fala como a interdisciplinaridade é fundamental para a pesquisa climática.

Por fim, a pesquisadora fala sobre o conceito de tipping points, que são pontos de não retorno que podem levar a mudanças abruptas e irreversíveis no clima e na vegetação. Esse conceito também é conhecido como ponto de inflexão e é um dos temas do último relatório ipcc, que reúne os principais dados climáticos do mundo. Marina Hirota é uma das pesquisadoras financiadas pelo instituto serrapilheira, uma organização que apoia a ciência de excelência no Brasil.

Marina Hirota é graduada em Matemática Aplicada e Computacional pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em Engenharia Elétrica pela mesma Universidade, e doutora em Meteorologia pelo CPTEC-INPE. Durante o pós-doutorado na Universidade de Wageningen (2010-2012), combinou teorias de sistemas dinâmicos complexos ao campo das interações vegetação-clima-fogo a fim de avaliar "tipping points" e estados de equilíbrio alternativos em biomas tropicais. Utilizando a formação multidisciplinar, segue pesquisando tais estados de equilíbrio de "tipping points" no sistema vegetação-clima-fogo, incorporando interações entre escalas espaciais e temporais. Atualmente faz parte do Group for Interdisciplinary Environmental Studies (IpES).

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