Quem trata das doenças? Isso mesmo: Os médicos e médicas! E como se trata de doenças? Com terapias, prescrição de remédios e até internação! Muites de nós foram internades e viveram a vida em manicômios apenas por não se encaixarem na norma de sexualidade vigente!
Quando a gente grita contra essa história de cura gay, não fazemos isso por implicância não! Fazemos isso porque não queremos mais sermos submetides à terapias, doses de remédios ou ainda internações simplesmente por amar quem a gente ama!
Após intensa militância, estudos e depois da morte de muita gente - Afinal, nada se negocia de um dia pro outro e nem na perfeita paz -, no dia 17 de maio de 1990, a OMS (Organização Mundial de Saúde, a maior Autoridade de saúde mundial) retirou o Homossexualismo da Classificação Internacional de Doenças, então o termo passou a ser inadequado para tratar pessoas que amam pessoas do mesmo gênero/sexo. Isso porque a palavra homossexualismo tem na sua composição o sufixo ismo que serve, para entre outras coisas, designar doenças e distúrbios: Reumatismo, sonambulismo, priapismo...A partir de então, passamos a usar o termo homossexualidade, lesbianidade, travestilidade, transgeneridade, transexualidade. Esses são os termos mais adequados para designar pessoas não heterossexuais ou não cisgêneras desde então.
Então o dia 17 de maio ficou marcado como o dia da luta contra a LGBTQIA+fobia ou contra à fobia às pessoas que não estão/seguem as normas sexuais padrão. E afinal, o que são essas fobias? Fobias podem ser medo, mas também são sentimentos e comportamentos de repulsa que, dependendo da situação e da oportunidade, podem resultar em agressão e até na execução de pessoas não heterossexuais apenas por elas existirem.
Segundo o portal Agenciaaids, no Brasil, em 2019, a cada 23 horas alguém perdia a vida por conta da homofobia e sabemos que, como não havia dados oficiais do governo até então, a subnotificação (ou seja, acontecimentos que fugiram dos registros estatísticos) pode ter acontecido, certamente então esse número é maior!
Precisamos fortalecer nossa gente. Isso se faz estudando, se informando, aprendendo a se defender e sabendo bem como as coisas funcionam pra poder nos proteger e garantir nossos direitos!
Pra isso é urgente que haja educação sexual nas escolas. Isso vai garantir que nossas crianças entendam a sexualidade humana de acordo com seu estágio de desenvolvimento e isso as fortalece para identificar possíveis abusos e denunciar com segurança e sem culpa.
Também é necessário exigir respeito das instituições brasileiras sejam elas públicas ou não à sexualidade de todas as pessoas. Para corrigir isso, deve vir da esfera pública a garantia dos direitos LGBTQIA+ em todas as instâncias. Garantir a um grupo um direito que todas as pessoas têm não é privilégio, portanto, emprego, formação de família, direito de ir e vir (com vida e em segurança) não são privilégios como muitos insistem em afirmar. Queremos somente ter o que todas as pessoas têm com o mesmo grau de dificuldade que as outras pessoas tem! Isso é equidade!
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Áudios Usados:
Carimbo Sonoro - Rede LGBTQIA+ PodCasters
Cartoon Cowbell - Youtube Library
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