Impossível conter nossa alegria e admiração, quando vislumbrávamos, ao longe, a silhueta do nosso herói cavalgando elegantemente em direção ao barco, ancorado a alguns metros da praia e pronto para liberar sua carga e nossa emoção. Montado em seu vistoso cavalo de crinas salientes e todo paramentado, o bom vaqueiro farejava, de longe, o seu grupo de pequenos fãs. Tufava o peito e forçava as esporas na barriga do animal, que passava a cavalgar em ritmo sincronizado de bailado. Depois, erguia com vaidade a cabeça e exibia o chapéu de cor marrom, o que atiçava ainda mais a nossa vibração. Todo esse charme era completado pelo rolo de corda diligentemente arrumado e pendurado no lado direito da sela. Ficávamos todos de olho naquele precioso instrumento de trabalho. O desejo silencioso era haver um forte motivo para ser usado, diante da eventual teimosia de algum garrote rebelde que se desgarrasse e se recusasse a seguir fielmente o resto da boiada. Aquilo sempre fazia lembrar os caubóis de nossa convivência todas as tardes de domingo no cine Ideal.
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