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Diversidade do cinema brasileiro atual marca exibições no festival de curtas de Clermont-Ferrand

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Released Wednesday, 7th February 2024
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A 46ª edição do Festival de Curta-Metragem de Clermont-Ferrand, em cartaz até sábado (10) no centro da França, reúne filmes de 83 países. O Brasil participa da mostra com três produções nas competições oficiais, um documentário na restrospectiva Panorama e cinco curtas exibidos no Short Film Market. "A gente teve uma certa ousadia em apresentar filmes que representam o Brasil deste século", disse à RFI a produtora paulista Zita Carvalhosa.

Fundadora do Curta Kinoforum de São Paulo, Zita Carvalhosa vem ao festival francês, considerado o maior evento de curtas-metragens do mundo, há mais de 30 anos. Zita e o programador Marcio Miranda Perez fizeram a seleção dos títulos apresentados na sessão brasileira do Short Film Market e agora buscam distribuidores no mercado internacional. Em Clermont-Ferrand, eles também selecionam filmes estrangeiros para compor a programação da mostra na capital paulista.

A presença brasileira no festival francês tem o apoio da Associação Cultural Kinoforum, da Spcine e do Consulado-Geral do Brasil em Marselha.   

"O Brasil, hoje em dia, tem uma diversidade que está enorme, com a valorização de coisas que a gente não estava tão acostumada e que estão mais presentes no curta-metragem", destacou Zita em entrevista à RFI.

Na segunda-feira (5), cinco curtas foram exibidos ao público francês na sessão especial dedicada ao Brasil. "A gente tinha temática indígena, tinha temática de negros mais forte, tinha temáticas íntimas, de terceira idade. Então, foi uma sessão que representou esse Brasil que eu acho que corresponde mais ao Brasil deste século”, explicou.

Os filmes apresentados foram “Ava mocoi, os gêmeos”, de Luiza Calagian e Vinicius Toro (PR), sobre o conflito entre indígenas Guarani e o agronegócio na fronteira entre Brasil e Paraguai; “Ibirapitinga” (pau-brasil), da cineasta baiana Olinda Tupinambá; “Meu amigo Pedro Mixtape”, do paulistano de Capão Redondo Lincoln Péricles; “Combustão não espontânea”, curta de estreia de Boni Zanatta, de Dracena (SP); e “Os animais mais fofos e engraçados do mundo”, do paulista Renato Sircilli.

Essa produção diversa e representativa da sociedade brasileira contemporânea, diferente do "desenho" de Brasil que os franceses e o público internacional estão acostumados a ver nas telas, observa Zita, é decorrente da profissionalização do setor audiovisual nos últimos anos. "As pessoas se comunicam mais e, mesmo que seja pelo celular, existe um interesse em aprender a fazer melhor e mais. Tem toda uma geração de jovens chegando ao cinema", diz a produtora consagrada.

Mercado cresceu e mudou

As políticas afirmativas de cotas nas universidades e a multiplicação de oficinas oferecem mais oportunidades para jovens de periferia ou com menor poder aquisitivo a entrar nesse universo. "O resultado na tela é uma diversidade maior", ressalta a produtora.

A era digital também reduziu os custos de produção. O orçamento para fazer um filme com qualidade atingiu outra dimensão, menos elitista do que no passado. “Hoje, a gente está mais no desafio de contar as histórias do que de arrumar os instrumentos para botar as histórias na tela", comemora Zita Carvalhosa.

Em competição

Três filmes brasileiros concorrem a prêmios na 46ª edição do festival de Clermont-Ferrand. "Pássaro memória", de Leonardo Martinelli, disputa a Competição Internacional. Na trama, um pássaro chamado Memória esquece como voltar para casa. Lua, uma mulher trans, tenta encontrá-lo nas ruas do Rio de Janeiro, mas a cidade se revela um lugar hostil.

Já na Competição Lab, o artista visual Daniel Frota de Abreu estreia nesse formato com "Até onde o mundo alcança", documentário que faz uma condenação contundente dos efeitos a longo prazo do colonialismo no Brasil. 

Brasil marca presença em diferentes mostras

A mostra Panorama apresenta uma retrospectiva especial com filmes dirigidos por mulheres inspiradoras. O cinema brasileiro marca presença com "Quebramar", de Cris Lyra, curta realizado em 2019.

Na mostra Enfants, o curta de animação "Lulina e a lua", de Alois Di Leo e Marcus Vinicius Vasconcelos, concorre ao prêmio de melhor filme do júri infantil.

Na seção Mercado, o Brasil ainda conta com "Quartas de final ou porque eu decidi torcer contra o Brasil", de Dario Lopes e Vinicius Campos.

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