Um podcast com uma boa ideia, especialmente na primeira temporada, mas sofre com um problema, desde o seu princípio: as atuações. Seu Jorge é um excelente cantor, mas um dublador/ator de voz mediano para baixo e eu não o culpo, parece-me um trabalho extremamente difícil. Mel Lisboa contrasta MUITO com ele, porque ela é uma atriz e sabe desenvolver melhor as palavras e os sentimentos, não parece robótica.Outro problema da série é uma questão de necessidade, então bastante compreensível, mas os atores não gravam juntos e isso fica extremamente claro no produto, de modo que muitas cenas perdem completamente a naturalidade. Ela parece um diálogo de filme da Globo, ao ser muito limpo e claro, quando poderia acrescentar mais confusão nos diálogos, como pessoas se atravessando ao conversarem, porque isso seria mais natural.No entanto, a primeira temporada teve uma história boa o suficiente que eu gostei, eu daria 3 estrelas tranquilo. O final aberto foi um bom toque, porque deixou a questão toda em aberto, não nos questionaríamos muito: é real, não é, o que foi dito era verdade, era confusão...?No final, o que me fez diminuir para 1 estrela foi, exatamente, ter uma continuação e ela ser extremamente repetitiva. Abandonei a série no começo da 3ª temporada, porque ela foi um espelho da primeira e eu entendo a utilidade narrativa disso, aumentaria dúvidas sobre pontos levantados... No entanto, ficou chato, arrastado. Tudo demora demais, para justificar um final com "cliffhanger", para puxar para o próximo, o que deixou extremamente tedioso.Uma pena. Achei que muitos desses pontos que falei são questão da produção Spotify: muitos podcasts novos, como um de teorias da conspiração, sofrem desse mesmo mal, de leituras forçadas e poucos naturais. Pior, alguns textos pareciam traduzidos diretamente de um podcast americano, sem adaptação de determinadas passagens, algo tenebroso. Eu não culpo os dubladores ou os tradutores, porque recebem material para terminarem muito rapidamente e, as vezes, sem quaisquer instruções. Uma tática Netflix que foi aplicada a podcasts: atire para todos os lados e o que acertar, fica.

Eu sempre reclamarei de a Netflix ter cancelado o Arquivo 81, forma de série. No entanto, agradeço que tenha existido, para poder descobrir o podcast.O Archive 81, podcast, é suspense-horror na primeira temporada e evoluí para algo mais fantástico, a partir da 2ª temporada. A série da Netflix, ao meu ver, tem menos elementos de horror do que o podcast, então me deixava menos tenso.A parte sonora do podcast, assim como a de Magnus Archives, é primorosa e muito bem trabalhada, facilitando a ambientação na história, não é algo exagerado que existe por conta própria.

O gênero suspense pode ser caracterizado de muitas formas: a aproximação com o terror/horror (ex., Alien 1), intrigas políticas (A Caçada ao Outubro Vermelho), temas policiais...Este podcast, ao meu ver, pode ser classificado como um "suspense light", a partir do final da primeira temporada. Os primeiros episódios introduzem os personagens mais importantes e suas questões emocionais. Depois disso, além do desenvolvimento das questões pessoais dos pacientes, há uma história de intriga e constante movimento, para saber o que virá, de modo que eu fiquei tensinho e grudado no fone de ouvido, para saber o que viria a seguir.